sexta-feira, 26 de outubro de 2007

PERSEVERANDO NAS DOUTRINAS DA REFORMA


A Igreja Presbiteriana tem sua origem na Reforma Protestante que eclodiu na Europa no século XVI. Deus levantou alguns homens para conduzir o seu povo as Sagradas Escrituras, dentre os quais destacamos o maior de todos os teólogos e estadistas do tempo da reforma, João Calvino (1509-1564). Convidado por outro reformador de nome Guilherme Farel, que já tinha começado a reforma em Genebra (Suíça), Calvino iniciou ali a gigantesca obra que deveria levar a sua influência fora de Genebra, por toda a Europa. As Igrejas que adotaram as doutrinas e o sistema Calvinista denominam-se Igrejas Reformadas ou Presbiterianas. Da Suíça, o Presbiterianismo se espalhou para os Países Baixos, França, Escócia e Inglaterra. E, a seguir, atingiu a todos os Continentes.
As doutrinas da IPM estão baseadas na Bíblia, a Palavra de Deus. Nossa Igreja não aceita nenhuma doutrina que não tenha base sólida nas Escrituras (Gl 1.8,9).
Nossa Igreja adota como exposição das doutrinas bíblicas, a Confissão de Fé(clique para baixar a Confissão:http://www.executivaipb.com.br/Documentos/confiss%E3o%20de%20f%E9.pdf) e os Catecismos Maior e Menor de Westminster. Contudo, deve ficar bem claro que a nossa única Regra de Fé e Prática é a Escritura Sagrada. Adotamos a Confissão de Fé e os Catecismos como exposição do sistema de doutrina ensinada nas Santas Escrituras.


A Confissão de Fé e os Catecismos foram elaborados por cerca de 151 teólogos ingleses e escoceses, reunidos na Abadia de Westminster, em Londres, na Inglaterra, de julho de 1643 a fevereiro de 1649. O sistema doutrinário apresentado pela Confissão de Fé ficou conhecido pelo nome de Calvinismo, por ser o que João Calvino ensinou, e foi aceito pelas Igrejas Reformadas ou Presbiterianas.
Os reformadores empregaram cinco termos latinos para resumir o que criam. Nós os subscrevemos.

Sola Scriptura (Somente a Escritura) – A Bíblia (Antigo e Novo Testamentos) é a única autoridade pela qual todas as questões doutrinárias e eclesiásticas devem ser decididas. Embora tenha sido escrita por homens, foi inspirada por Deus (2Tm 3.16; 2Pe 1.21), daí sua inerrância, autoridade, clareza e suficiência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para a nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo o comportamento cristão deve ser avaliado.

Solus Christus (Somente Cristo) – não há nenhum outro mediador pelo qual o homem seja reconciliado com Deus, a não ser Cristo, a segunda pessoa da Trindade (1Tm 2.5), o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Cremos que sua morte expiatória na cruz expia (paga e elimina) a culpa de todos aqueles que Nele crêem (Rm 3.24-25), redimindo-os do pecado (Ef 1.7); e que a Sua vida perfeitamente justa, santa e obediente à Lei de Deus, lhe permite justificar (considerar justo) todos quanto o Pai lhe deu (Jo 6.37,39, 65). Portanto, “não há salvação em nenhum outro; porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.12).

Sola Gratia (Somente a Graça) – Nenhum homem pode reinvidicar de Deus a salvação com base em suas obras. A Salvação é realizada somente pela graça (favor imerecido) de Deus (Rm 3.20,24, 28). A queda trouxe conseqüências desastrosas para o ser humano. Eles tornaram-se inteiramente indispostos, incapazes e opostos a todo bem espiritual, e inclinados a todo o mal. A não ser pela ação sobrenatural e soberana do Espírito Santo, o único capaz de mudar a disposição da alma do homem, inclinando o seu coração para Deus (Tt 3.5) o ser humano estará para sempre perdido. Portanto, salvação é o dom da graça soberana de Deus.

Sola Fide (Somente a Fé) – O único instrumento de justificação (ato pelo qual Deus perdoa os pecados dos eleitos e os considera e os aceita como justos) é a fé, que se firma em Cristo e em Sua justiça (Rm 3.28; 5.1). Entendemos por fé “não um sentimento vago e infundado, mas o dom do Espírito Santo, pelo qual um ser humano convencido da culpa e do pecado se arrepende e estende as mãos vazias para receber de Deus o perdão imerecido” (Hb 11.6) ou ainda, “um dom sobrenatural que aqueles que de outra maneira permaneceriam na descrença recebem pela graça de Deus”.

Soli Deo Glória (Somente a Deus Glória) – O domínio de Deus é total. Ele é soberano. Ele decide à medida que escolhe e executa tudo aquilo que decide, e ninguém pode parar Sua mão ou impedir Seus planos (Dn 4.35). Cremos que a salvação depende de Deus e é realizada por Ele, portanto, devemos glorificá-lo para sempre. Cremos que conquanto desejáveis, saúde, prosperidade e bem-estar, estão subordinados ao alvo maior da vida – A Glória de Deus. Devemos viver nossa vida inteiramente para Ele, sob Sua autoridade, e para Sua glória somente (Rm 11.36).

Pr. Luís Guilherme M. Alves

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