quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Fato da vida: a morte.








A morte é algo que sempre nos aterroriza. Diante de perigos de morte (quem já passou por essa experiência, sabe) nos agarramos a vida e clamamos a Deus. Na perda de um ente querido, muitas vezes até a desejamos, preferindo morrer no lugar deste ou então, simplesmente desistindo de viver sem ele. Em todo caso o desespero é sempre presente. Ruben Alves escreveu: "Tenho muito medo de morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte (...)”. 


Diante da morte também somos impelidos a considerar nossa vida, a sua significância (ou insignificância), a considerar sobre Deus e a existência de uma vida após a morte.

Graças a Deus que posso olhar para alguns exemplos de servos de Deus do passado e também de outros de um passado não tão distante, que tiveram uma posição tão inspiradora diante desse fato da vida. Um dos irmãos que fui ensinado a apreciar foi Stanley Jones, missionário metodista. Acometido por um derrame, próximo de sua morte ele escreve: 


“Surpreendente foi o fato de que, juntamente com este derrame, veio, sem qualquer dúvida, a atitude que eu deveria assumir. Eu não enfrentaria isto de uma maneira qualquer, mas triunfante e vitoriosamente!

“Com o Senhor eu passei estes meses. Foram meses de comunhão, não com um princípio, pois não sou um princípio; sou uma pessoa. Tive comunhão com o Senhor. O Senhor me trouxe para o lado Sim de todas as coisas que surgiram …. Até aqui tenho passado horas com o Senhor, e não houve uma só hora de aborrecimento. Tenho estado interiormente estimulado e certo de que este é o Caminho. Não tive uma só hora de tristeza ou desânimo desde o derrame. Aceito as limitações porque elas estão abrindo a porta para que eu possua o reino e permita que ele me possua. Até agora estou satisfeito e grato.”


Você vai encará-la mais cedo ou mais tarde. A questão é: como vai encará-la?

Nildo Soares.


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