"PRECIOSA É AOS OLHOS DO SENHOR A MORTE DOS SEUS SANTOS”

"PRECIOSA É AOS OLHOS DO SENHOR A MORTE DOS SEUS SANTOS”

SALMO 116.15

              Em uma sociedade que se desintegra com uma rapidez assustadora, onde prevalece a mentira, prostituição, violência, etc.; onde a própria igreja que deveria ser “sal e luz”, necessita de uma profunda reforma espiritual, como é importante e necessário pastores fiéis ao chamado   de Deus.

              John Stott e David Wilkerson foram dois desses profetas fiéis ao chamado de Deus. Labutaram durante décadas e décadas pela causa do Reino de Deus. E Deus, na Sua soberania e no momento certo, achou por bem chamá-los ao Descanso Eterno dos Santos.

            David Wilkerson foi um famoso evangelista americano, fundador e líder da Igreja da Times Square, em Nova York e criador do Teen Challenge, conhecido no Brasil como Desafio Jovem. Seu mais famoso livro foi “Entre a Cruz e o Punhal” que se tornou um best-seller traduzido para várias línguas do mundo e um aclamado filme. Aos 79 anos, David Wilkerson morreu em um acidente de carro no Texas na tarde do dia 26 de abril de 2011. Um marca de David Wilkerson , era a sua paixão pelas almas. Abaixo, “Quando tudo falhar”, último texto do Pastor David Wilkerson publicado na manhã daquele dia, por ele, no seu site oficial.

O Senhor seja louvado!

Crer quando todos os recursos fracassam agrada muitíssimo a Deus e é altamente aceito por ele. Jesus disse a Tomé “Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.”  João 20:29

Bem aventurados os que crêem quando não existe evidência de uma resposta a sua oração. Bem aventurados aqueles que confiam mais além da esperança quando todos os meios fracassaram.

Alguém chegou a um lugar de desespero, ao final da esperança e ao término de todo recurso. Um ser querido enfrenta a morte, e os médicos não dão esperança. A morte parece inevitável. A esperança se foi. Orou pelo milagre, porém, esse não aconteceu. É nesse momento quando as legiões de Satanás se dirigem a atacar sua mente com medo, ira e perguntas opressivas como “Onde está teu Deus? Você orou até não lhe restaram lágrimas, jejuou, permaneceu nas promessas e confiou”. Pensamentos blasfemos penetraram em sua mente: “A oração falhou, a fé falhou. Não vou abandonar a Deus, porem não confiarei Nele nunca mais. Não vale a pena!” Até mesmo perguntas sobre a existência de Deus acometem sua mente!

Tudo isso foi dispositivos que Satanás empregou durante séculos. Alguns dos homens e mulheres mais piedosos de todas as eras viveram tais ataques demoníacos.

Para aqueles que passam pelo vale da sombra da morte, ouçam essas palavras: O pranto durará algumas tenebrosas e terríveis noites, mas em meio a essa escuridão logo se ouvirá o sussurro do Pai: “Eu estou contigo. Nesse momento não posso lhe dizer por que, mas um dia tudo terá sentido. Verás que tudo era parte de meu plano. Não foi um acidente. Não foi um fracasso da tua parte. Agarre-se com força. Deixe Eu te abraçar nessa hora de dor”.

Amado, Deus nunca deixou de atuar em bondade e amor. Quando todos os recursos falham, Seu amor prevalece: Aferre-se a sua fé. Permaneça firme em Sua Palavra. Não há outra esperança nesse mundo.

              John Stott, conhecido no mundo inteiro como teólogo, escritor e evangelista, era pastor emérito da Igreja de All Souls, em Londres e presidente do London Institute for Contemporary Christianity. Durante vários anos foi capelão da rainha da Inglaterra. Em 2005, a revista Time classificou J. Stott entre as cem pessoas mais influentes no mundo. Autor de mais de 50 significantes livros, entre eles “Cristianismo Básico”, considerado seu trabalho mais influente, publicado em 1958 e que foi traduzido para mais de 60 idiomas. Mas, apesar de todo seu currículo de vida, ele possuía aquela combinação maravilhosa de erudição e piedade. Homem simples, alegre e extremamente simpático, esse era Stott. Segundo o site da Igreja de All Souls, John Stott morreu em sua casa dentro de uma comunidade para aposentados do clero anglicano no sudoeste da Inglaterra às 3h15 da madrugada de quarta-feira, dia 27 de julho de 2011, aos 90 anos de idade. Estavam presentes alguns amigos próximos, que liam a Escritura e ouviam O Messias, de Haendel, quando ele calmamente partiu para encontrar-se com o seu Senhor e Salvador.

         Tive o privilégio de me encontrar por três vezes com esse piedoso servo. A última foi em setembro/1997 na Igreja de All Souls, onde na ocasião J. Stott  pregou uma profunda e edificante mensagem no texto de Mt. 5:3. Na ocasião estava acompanhado com outro piedoso servo de Deus, Russell Shedd.

              Abaixo, um breve trecho do seu rico Comentário de Romanos.

              “...a justificação (cuja fonte é Deus e sua graça, cuja base é Cristo e a cruz e cujo meio é somente a fé, completamente à parte das obras) constitui o cerne do evangelho e é uma característica singular do cristianismo. Nenhum outro sistema, ideologia ou religião proclama um perdão gratuito e uma nova vida para aqueles que nada fizeram para merecê-los, mas que, ao invés disso, muito fizeram para merecer o julgamento. Pelo contrário, todos os sistemas ensinam alguma forma de auto-salvação através das boas obras da religião, da piedade ou filantropia. Já o cristianismo, em sua essência, nem mesmo é uma religião; é um evangelho, o evangelho, a boa nova de que a graça de Deus desviou a sua ira, que o Filho de Deus morreu a nossa morte e carregou a nossa condenação, que Deus tem misericórdia de quem não merece e que nós nada mais resta a fazer ou mesmo contribuir. A única função da fé é receber o que a graça oferece”.  

              Deus é glorificado quando o fiel morre testemunhando. Este é o caso de John Stott e David Wilkerson. Homens que abençoaram não só a minha vida como também de um número incontável de almas. Que esses dois servos, sejam uma inspiração para aqueles que querem também, cumprir fielmente o seu chamado, para proclamar aos necessitados, os atos poderosos de Deus, que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1Pe 2:9).

Pr. Luiz Mesquita