quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Estudo: Os Mandamentos de Deus-parte V



5º. Mandamento: ¨Honra o teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá” – Êxodo 20:12

              Temos nos quatro primeiros mandamentos os deveres para com Deus. Jesus resumiu dizendo: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento em Lc 10:27a.

              Os seis últimos mandamentos dizem respeito aos deveres para com o homem. Temos o resumo de Jesus em Lc 10:27b que diz “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

              O que este mandamento nos ensina? Observarmos que o Princípio básico deste mandamento é A Santidade da Autoridade. O mandamento nos ensina que devemos respeitar aqueles que Deus colocou sobre nós e que devemos mostrar-lhes devidas honra, obediência e gratidão. “Que não rebaixemos a dignidade deles, nem por menosprezo, nem por contumácia, nem por ingratidão, pois o sentido de ´honrar´ é amplo e abrange tudo isso na Escritura” (Calvino).

              Este mandamento interessa a própria segurança nacional. Tem haver com a estabilidade da família.

              O Catecismo Maior nos diz que “Pai” e “Mãe” neste mandamento, abrangem não somente os próprios pais, mas também todos aqueles que, pela ordenação de Deus, estão colocados sobre nós em autoridade, quer na Família, quer na Igreja, quer no Estado (2 Rs 5:13; Gl 4;19 e Is 49:23)

              Porém, o Pai Principal é Deus! Foi Ele nos criou. Foi Ele que nos regenerou dos nossos maus caminhos. Se formos de fato seus filhos, obedeceremos a seus mandamentos. Portanto, o 5º. Mandamento nos ensina em primeiro lugar a darmos honra ao Pai de todas as coisas, de forma sincera e correta (Ml 1:6).

              Foi o próprio Deus quem estabeleceu os “pais” a quem chamamos de autoridade. Ele tem estabelecido uma ordem de autoridade no mundo. Sejam pais de qual tipo for. Sejam pais humanos, políticos (presidente, governadores, etc.), econômicos (empregadores) ou espirituais (pastores, líderes, etc.), devemos sujeição a eles.

              Tais autoridades devem agir como verdadeiros pais para com os subordinados. É por isso que receberam o nome de “pai” e “mãe”. Devem mostrar amor e ternura para com aqueles, conforme as suas relações. E devem levá-los a cumprirem os seus deveres para com os seus superiores, pronta e alegremente, como se estes fossem seus pais (Ef 6:4; 1Co 4:14-16; 1Ts 2;7,8,11,12).

              Vejamos alguns pecados proibidos aos superiores ou autoridades no 5º. Mandamento: Negligencia dos deveres que lhe são exigidos (Ex 34:2,4); A busca da própria glória e a ambição incontrolável (Jo 5:4,Fp 2:21); Preguiça e prazer (Is 56:10,11); A exigência de coisas ilícitas ou fora do alcance de os inferiores poderem realizar (At 4:18, 5:28,29, Mt 23:2,4 – Se um líder usa de forma errada a autoridade que lhe foi dada, e ordena as pessoas debaixo de sua autoridade que desobedeçam a Deus, então, a pessoa que está debaixo daquela autoridade tem o direito e o dever de dizer: não!. Um outro exemplo é de maridos que mandam suas mulheres mentirem. Ninguém tem o direito de pedir ao outro para pecar. Mesmo que esse seja uma autoridade. E ninguém poderá se justificar diante de Deus dizendo: “meu marido mandou”, “meu chefe mandou”, “meu governo mandou” ou “meu pastor mandou”. Você é responsável pelo seu pecado – Rm 14:12).

      Aos subordinados é proibido: Negligenciar seus deveres (Mt 15:5,6 – Não cuidar do pai e da mãe quando esses estão com idade avançada; Pv 23;22); a maldição e zombaria (Pv 30:11,17); a inveja (Coré, Datã e Abirão - Sl 106:16 cf Nm 16:1-35); o desprezo (1Sm 8:7 – desprezaram a autoridade de Deus e pediram um outro rei);  a rebelião contra a posição e pessoa em autoridade. Rebelar-se contra seus conselhos, mandamentos e correções legítimos. No Antigo Testamento o filho obstinado e teimoso, recebia a pena de morte (Dt 21:18-21). É claro que isto não se aplica para nós, hoje. Mas, mostra-nos que era gravíssimo diante de Deus desonrar os pais.

              O orgulho é a grande causa por detrás das dificuldades de nos submetermos as autoridades. E não podemos esquecer que Deus nos tem dado autoridades para que venhamos a ser abençoados, instruídos, aconselhados e admoestados. Ou seja, Deus nos tem dado autoridades para o nosso bem. São as autoridades que recompensam o que fazem o bem. São elas que reprovam e castigam os que fazem o mal.

              Como podemos observar acima, as áreas que este mandamento atinge, são abrangentes. Mas, o mesmo, aponta de forma especial para a família. E por quê? Porque o lar é o melhor lugar para se aprender acerca do assunto autoridade. Se as crianças aprenderem a honrar o pai e a mãe, eles irão honrar seus professores, pastores, os senhores e senhoras, os líderes políticos, etc.

              Assim como os pastores, líderes, empregadores devem respeitar a posição que Deus lhes concedeu, os pais da mesma forma devem respeitar e valorizar a posição de autoridade que Deus lhes confiou.

Lembre-se que se você quebrar as regras de Deus para sua vida, você fere a si mesmo. Mas, se pela graça de Deus, você observa as regras de Deus, você será bem-aventurado. A promessa de longa vida (para a glória de Deus!), contida neste mandamento, é sua.

Pr. Luís Guilherme Mesquita Alves